


Grupo de Estudo
Sobre a (des)materialização da Escola
com Giuliano Tierno
Sobre o grupo de estudo
Desmaterializar é um verbo transitivo direto e prenominal. O que é um verbo transitivo direto? É um verbo que precisa de um complemento para fazer sentido. O que é um verbo prenominal? É aquele acompanhado de pronomes em sua conjugação podendo ter uma conjugação reflexiva ou recíproca. Portanto, desmaterializar neste nosso percurso de estudos será compreendido como uma ação que age simultaneamente nos sujeitos da ação e nas coisas do mundo. Pensar na desmaterialização da Escola aqui terá duas direções: como está se dando simultaneamente o processo de desmaterialização dos agentes da escolares e das materialidades próprias da Escola. Partiremos do entendimento das materialidades próprias da Escola a partir dos estudos de Jan Masschelein e Maarten Simons. Algumas pistas destas (des) materialidades que serão estudadas pelo Grupo de Estudos: a ênfase na produtividade e no excesso de informação nos processos pedagógicos; a hegemonia das abordagens cognitivistas contemporâneas da Educação, presentes, inclusive, em documentos oficiais (vide BNCC); a antecipada afirmação de conceituações de fenômenos sociais complexos antes da experiência com as matérias e materialidades do mundo e da vinculação com os fenômenos tratados na Escola, por parte do estudantes; a crescente (sobretudo após a pandemia da COVID-19) presença da tecnologia digital e da Inteligência Artificial (a exemplo do Chat GPT) no cotidiano Escolar. A experiência será transversalizada com o estudo das relações entre as (des) materialidades da escola e as palavras que produzem relatos sobre as experiências pedagógicas, tendo como sustentação a convicção de que as palavras fazem coisas conosco e de que fazemos coisas com as palavras.
Objetivos de aprendizagem
- Produzir perguntas para a própria experiência pedagógica na Escola;
- Investigar as materialidades escolares;
- Pensar a Escola a partir de suas materialidades e reconhecer o que elas nos ensinam;
- Refletir os processos de desmaterialização da Escola e seus efeitos;
- Articular as dimensões ética, estética, política da Escola a partir dos processos de desmaterialização sofridos nas sociedades contemporâneas;
- Compreender as relações entre as materialidades e as palavras;
- Reconhecer como nomeamos os fenômenos vivenciados na Escola que cultiva materialidades e na Escola que cultiva a desmaterialização;
- Articular as discussões às práticas pedagógicas vivenciadas na Escola: refletir a própria prática pedagógica;

Tópicos de Estudo

Sobre o professor
Como o Grupo de Estudo (nos) acontece
8 encontros online e ao vivo via aplicativo Zoom
Às segundas-feiras, 28/8, 11/9, 25/9, 9/10, 23/10, 6/11, 27/11, 4/12
das 19h30 às 21h30
* Os encontros estão organizados para ocorrer quinzenalmente. Contudo, os três últimos encontros irão ocorrer semanalmente por conta da dinâmica proposta neste Grupo de Estudos.
3 meses de acesso aos conteúdos gravados em nossa plataforma de estudo
Certificado Digital de 20 horas
Grupo exclusivo no WhatsApp para comunicação com participantes e a equipe d'A Casa
O que os participantes sentem e pensam sobre estudar n'A Casa com Guliano Tierno
"Esse curso me colocou em contato com dois mestres queridos, Leticia e Giuliano e um grupo muito especial, onde a vulnerabilidade e a experiência de lermos juntos foi por mim, sentida enquanto potência de trocas, nos mais diversos níveis."
"Gostei muito da oportunidade conhecer autores que não conhecia, de ler seus textos, ouvir as pessoas, trocar ideias."
"Contribuiu muito para minha pesquisa narrativa ampliando meu leque de leitura e reflexão."
"Eu gosto demais da forma como A Casa Tombada nos alcança, com cuidado, com abertura, com possibilidade."
Referências
FLUSSER, Vilém. Língua e realidade. São Paulo: Annablume, 2007.
_____________ A dúvida. São Paulo: Annablume, 2011.
INGOLD, Tim. Estar vivo. Ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2015.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
_____________ A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
LARROSA, Jorge. Elogio da Escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
_____________ Esperando não se sabe o quê. Sobre o ofício de professor. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
MASSCHELEIN e SIMONS, Jan e Maarten. Em defesa da escola. Uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica, 2013


Inaugurada em 2015 pelos artistas e educadores Ângela Castelo Branco e Giuliano Tierno, A Casa Tombada [Lugar de Arte, Cultura e Educação] nasceu em São Paulo com a convicção de que a oralidade e a escritura são necessidades humanas. Vinculada à Faconnect – Faculdade de Conchas e, como polo desta instituição, concebe, coordena e realiza cursos de pós-graduação e extensão universitária. A Casa realiza também publicações editoriais e cursos livres, orbitando pesquisas em torno da palavra, seja ela oral e/ou escrita.
Em meio à pandemia da covid-19, as portas d’A Casa Tombada na cidade de São Paulo se fecharam, abrindo caminhos para A Casa Tombada Nuvem, oferecendo cursos por meio de uma plataforma online. O caminho continua sendo o de possibilitar o estudo, o cuidado de si, a partilha de saberes, mantendo sempre A Casa como um dispositivo de encontro.
Desconto especial
Estudantes e ex-estudantes das pós-graduações e cursos livres d'A Casa Tombada têm 50% de desconto.
solicite o cupom pelo e-mail cursos@acasatombada.com
BOLSAS DE ESTUDO
A Casa Tombada, como parte de suas ações para o enfrentamento às desigualdades históricas, ao racismo e às violências estruturais, oferece bolsas integrais de estudo para pessoas negras, indígenas, trans e com deficiência.
Prazo de solicitação de bolsa até o dia 28/07/23
Os estudantes contemplados receberão as informações dos próximos passos por e-mail e WhatsApp após o dia 28/07/23
Faça a leitura da carta/edital: https://drive.google.com/file/d/1Z4_AnhUQFnr8WF3jFVi2xX7zmpN7AcSA/view?usp=drive_link
Para solicitação de bolsas de estudo, preencha o formulário: https://forms.gle/bcHUUyMwmLaTPCyf6